1.13. Vocábulos em idiomas estrangeiros
1.13.1. Nomes comuns
O uso de vocábulos em idioma estrangeiro só é admissível quando não exista termo
correspondente na língua portuguesa ou se, na matéria em causa, não estiver
consagrada a sua utilização. Sempre que for necessário escrever uma palavra em
idioma estrangeiro deve ser utilizado o itálico:
swap, extract,
dossier, toilette,
per capita, mutatis mutandis, in situ.
Os nomes de unidades são exceções a esta regra:
byte, hertz, ohm, volt, watt;
N.B.: Os múltiplos e submúltiplos das unidades seguem as regras gerais das
palavras formadas por prefixação:
mega-hertz, mili-henry, milirroentgen, milissiemens.
1.13.2. Nomes próprios
Nos nomes próprios estrangeiros com tradução consagrada, utiliza-se o nome
português:
Pequim, Xangai, Cantão, Tóquio, Rangum, Nova Iorque, Genebra, Bordéus, Moscovo,
Chernobil, Gizé, Malaca, Taipé;
Isabel II, Luís XIV, Bento XVI;
Platão, Copérnico.
Nos nomes próprios estrangeiros sem tradução consagrada para português:
a) em línguas que usam alfabetos latinos, respeita-se a ortografia de origem, incluindo
os diacríticos, dos nomes próprios sem tradução consagrada:
Ján Fige , Dacian Ciolo , Cecilia Malmström, Maroš Šev ovi , Anders Jonas Ångström,
Internet, Web, Citroën;
N.B.: Opcionalmente, podem ignorar-se os diacríticos de nomes próprios em alfabetos latinos
que não correspondem às línguas oficiais da União Europeia (H Chí Minh ou Ho Chi Minh).
b) em línguas que usam outros sistemas de escrita, utiliza-se a
transliteração/transcrição para o alfabeto latino dos nomes próprios sem tradução
consagrada.
— Algumas dessas línguas adotaram sistemas oficiais de transliteração/transcrição
para o alfabeto latino (geralmente com base na prática ortográfica do inglês):
búlgaro —
http://transliteration.mdaar.government.bg/trans.php(mas: Sófia);
grego —
http://www.passport.gov.gr/elot-743.html(mas: Atenas, Cândia, Creta, Peloponeso);
chinês (República Popular da China) — sistema pinyin (com base na pronúncia
mandarim)
Heilongjiang, Guizhou
(mas: Pequim, Xangai, Cantão, Sinquião, Tibete);
chinês (Hong Kong, Taiwan) — sistemas de transcrição usados localmente
Hong Kong (e não: Xianggang, em pinyin), Taipé;
japonês — sistema de transcrição usado localmente
Yokohama, Takamatsu (mas: Tóquio, Quioto, Hiroxima, Nagasáqui, Nagoia);
— Para o árabe e o russo existem várias tradições de transliteração dependentes das
regras ortográficas das línguas de chegada (inglês, francês, alemão, espanhol). Essas
diferentes transliterações (geralmente para o inglês e o francês) têm sido utilizadas nos
textos portugueses.
N.B.: Exemplos de nomes próprios com diferentes grafias estrangeiras (geralmente inglesa e
francesa) nos textos portugueses da responsabilidade da Comissão Europeia:
Kuwait (en)
Al-Qaeda (en)
Sharm el-Sheikh (en)
Koweit (fr)
Al-Qaida (fr)
Charm el-Cheikh (fr)